segunda-feira, 11 de junho de 2012


Precisamos de Administradores e Não de Políticos

A cada ano que passa diminui mais a minha expectativa com os políticos brasileiros. Acredito que esse é um sentimento compartilhado, pois a insatisfação é nítida em qualquer meio que frequente. Tratando, especificamente, de Belo Horizonte percebo uma omissão e total desconhecimento por parte do chefe do executivo municipal, dos reais problemas de nossa cidade. Sempre acreditei que um verdadeiro prefeito devesse viver o cotidiano da cidade que comanda (principalmente quando ele não reside nessa cidade) experimentando certas situações que afetam o dia a dia do cidadão. Nesse sentido, eu gostaria muito de saber que nosso prefeito anda de ônibus às 18:00, caminha pelas ruas escuras da cidade após as 22hs e dirige o seu carro para lugares que não conhece previamente, confiando apenas nas placas de sinalização. Seria ótimo, pois ele perceberia que nossas ruas são mal iluminadas, nossos sinais de trânsito confusos e insuficientes e que os delinquentes estão soltos pela cidade. Percebo que nas últimas décadas surgiu uma tendência na administração pública de enfatizar a responsabilidade em relação aos gastos públicos. Dessa maneira, quando um político quer aparecer na mídia como um bom mocinho, logo apresenta números que representam uma redução nos gastos e um aparente superávit nas contas públicas. O que não é mostrado é como isso vem sendo feito. As práticas mais comuns para se atingir os resultados esperados são: demissão de funcionários, aumentado assim a precariedade do atendimento ao cidadão, a redução de gastos em educação e saúde, etc. Por outro lado o serviço público se especializou em ser um excepcional arrecadador. Os impostos são elevados, as técnicas para multar são mais sofisticadas e eficazes e o resultado é, naturalmente, um aumento na arrecadação. Temos então uma situação interessante: aumento da arrecadação + redução dos gastos com pessoal. O resultado esperado seria um maior investimento em infraestrutura, segurança, etc. Infelizmente não é isso o que acontece Os gastos com privilégios não são cortados e os investimentos em propaganda parecem aumentar cada vez mais. Não é um absurdo uma prefeitura que alarde não ter recursos suficientes para as áreas sociais gaste dinheiro com propaganda? Qual seria a solução? Em uma empresa privada o que aconteceria? Os gestores têm responsabilidades e devem assumir essas responsabilidades. Quando eu percebo, perto de casa, que uma praça ao lado do Corpo de Bombeiros foi praticamente invadida por marginais e que esses marginais atuam livremente furtando as pessoas e os veículos estacionados, me pergunto onde está o Estado? Pois bem, eu digo onde está: durante o dia lá está a BH Trans multando os carros que estão mal estacionados ou sem o devido faixa azul. Essa é uma precisa ilustração de nossa situação diante dos políticos o Estado se mostra presente na hora de arrecadar e é omisso com os seus deveres e obrigações. Chega de políticos metidos a gestores de custos queremos administradores sérios e responsáveis!

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