Precisamos de Administradores e Não de Políticos
A cada ano que passa diminui
mais a minha expectativa com os políticos brasileiros. Acredito que esse é um
sentimento compartilhado, pois a insatisfação é nítida em qualquer meio que
frequente. Tratando, especificamente, de Belo Horizonte percebo uma omissão e
total desconhecimento por parte do chefe do executivo municipal, dos reais
problemas de nossa cidade. Sempre acreditei que um verdadeiro prefeito devesse
viver o cotidiano da cidade que comanda (principalmente quando ele não reside
nessa cidade) experimentando certas situações que afetam o dia a dia do
cidadão. Nesse sentido, eu gostaria muito de saber que nosso prefeito anda de
ônibus às 18:00, caminha pelas ruas escuras da cidade após as 22hs e dirige o
seu carro para lugares que não conhece previamente, confiando apenas nas placas
de sinalização. Seria ótimo, pois ele perceberia que nossas ruas são mal
iluminadas, nossos sinais de trânsito confusos e insuficientes e que os
delinquentes estão soltos pela cidade. Percebo que nas últimas décadas surgiu
uma tendência na administração pública de enfatizar a responsabilidade em relação
aos gastos públicos. Dessa maneira, quando um político quer aparecer na mídia
como um bom mocinho, logo apresenta números que representam uma redução nos
gastos e um aparente superávit nas contas públicas. O que não é mostrado é como
isso vem sendo feito. As práticas mais comuns para se atingir os resultados
esperados são: demissão de funcionários, aumentado assim a precariedade do
atendimento ao cidadão, a redução de gastos em educação e saúde, etc. Por outro
lado o serviço público se especializou em ser um excepcional arrecadador. Os
impostos são elevados, as técnicas para multar são mais sofisticadas e eficazes
e o resultado é, naturalmente, um aumento na arrecadação. Temos então uma
situação interessante: aumento da arrecadação + redução dos gastos com pessoal.
O resultado esperado seria um maior investimento em infraestrutura, segurança,
etc. Infelizmente não é isso o que acontece Os gastos com privilégios não são
cortados e os investimentos em propaganda parecem aumentar cada vez mais. Não é um absurdo uma prefeitura que alarde
não ter recursos suficientes para as áreas sociais gaste dinheiro com
propaganda? Qual seria a solução? Em uma empresa privada o que aconteceria?
Os gestores têm responsabilidades e devem assumir essas responsabilidades.
Quando eu percebo, perto de casa, que uma praça ao lado do Corpo de Bombeiros
foi praticamente invadida por marginais e que esses marginais atuam livremente
furtando as pessoas e os veículos estacionados, me pergunto onde está o Estado?
Pois bem, eu digo onde está: durante o dia lá está a BH Trans multando os
carros que estão mal estacionados ou sem o devido faixa azul. Essa é uma
precisa ilustração de nossa situação diante dos políticos o Estado se mostra
presente na hora de arrecadar e é omisso com os seus deveres e obrigações.
Chega de políticos metidos a gestores de custos queremos administradores sérios
e responsáveis!
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